VOCÊ GOSTA DE LER?

Leitura é muito mais do que decodificar palavras. É ir muito além! É voar sem destino pelas páginas de um livro.
Devemos observar várias formas de arte, expressas em textos escritos ou não (verbal ou não verbal) e, delas tirar lições, reflexões, ou mesmo divesão. O que não podemos é sairmos indiferentes, pensando: não entendi nada! Ou fingindo ter entendido tudo, sem no entanto, ter compreendido o que o emissor realmente disse.
Muitas mensagens, realmente são de entendimento dúbio, ou seja, dá margens a mais de uma interpretação.
O que não se deve, é não entender nada! Se por acaso isso acontercer, e não é nada depreciativo assumir isso, devemos buscar mais informações e, fazer com que de alguma forma, essa leitura acrescente algo de positivo em nossa vida.

Leia, vá ao cinema, museus, shows, teatros, ouça músicas, mas reflita, pense!
Se não tiver argumentos bem fundamentados, cale-se e vá aprender mais.


"NÃO TENHO UM NOVO CAMINHO. O QUE TENHO É UM NOVO JEITO DE CAMINHAR." (Thiago de Melo)


sábado, 8 de outubro de 2016

MUNDINHO MAÇÃ (Marluci Ribeiro de Oliveira)


O corpo humano encerra segredos insondáveis. Disso ninguém duvida. Cada qual carrega consigo mistérios e idiossincrasias - eta palavra bonita! No meu caso, por exemplo, confesso: convivo com algo que minha amiga Cristiane batizou sabiamente de “mundinho maçã”. 
Na prática, quando degusto o fruto proibido – independente de sua textura -, me isolo do mundo, fechada na reverberação de meu próprio mastigar. Assim, quando por acaso conversam comigo enquanto devoro o pomo avermelhado, fico no dilema: manter meu prazer ou o diálogo? Em geral, a fruta escurece em minhas mãos, caso o interlocutor não tenha a sensibilidade de me dar um fôlego (e um tempo) para a comilança. 
Até pouco tempo atrás, achei que o fenômeno fosse exclusivo da minha pessoa. Uma peculiaridade a ser mantida a sete chaves, sob pena de parecer loucura dos meus ouvidos ou ressonância de minhas mandíbulas! Mas a Cris (a mesma colega de trabalho citada lá no primeiro parágrafo) compartilhou comigo idêntico evento, ao tempo que o cunhou de “mundinho maçã”. 
Nem preciso dizer que rimos muito juntas e que a característica comum nos uniu ainda mais. A denominação escolhida é perfeita! Assim, peço que não estranhem meu olhar vago enquanto como uma maçã. Por favor, não puxem conversa! O momento é tão ou mais precioso que uma meditação. E vale por dois motivos: pelo isolamento acústico ao som ambiente e pelo prazer gustativo! E mais: nenhum outro alimento é capaz de produzir de maneira idêntica o fenômeno. Por isso mesmo enalteço meu corpo, em sua bendita imperfeição, pela dádiva de me proporcionar tãol frutífero refúgio!  

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