A
chuva lúgubre olha de través.
Através
da
gra-
de magra
os
fios elétricos da ideia férrea –
colchão
de penas
Apenas
as
penas
das
estrelas ascendentes
apoiam
nele facilmente os pés.
Mas
o des-
troçar
dos farois,
reis
na
coroa do gás,
se
faz
mais
doloroso aos
buquêshostisdasprostitutasdotroar.
No
ar
o troar
do
riso-espinho dos motejos –
das
venenosas
rosas
amarelas
se propaga
em
zigue-zag.
Ag-
rada
olhar de
trás
do alarde
e do
medo:
ao
escravo
das
cruzes
quieto-sofrido-indiferentes,
e ao
esquife
das
casas
suspeitas
o
oriente
deita
no mesmo vaso em cinza e brasas.
1912
(Tradução
de Augusto de Campos e Boris Schnaidermam)
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