VOCÊ GOSTA DE LER?

Leitura é muito mais do que decodificar palavras. É ir muito além! É voar sem destino pelas páginas de um livro.
Devemos observar várias formas de arte, expressas em textos escritos ou não (verbal ou não verbal) e, delas tirar lições, reflexões, ou mesmo divesão. O que não podemos é sairmos indiferentes, pensando: não entendi nada! Ou fingindo ter entendido tudo, sem no entanto, ter compreendido o que o emissor realmente disse.
Muitas mensagens, realmente são de entendimento dúbio, ou seja, dá margens a mais de uma interpretação.
O que não se deve, é não entender nada! Se por acaso isso acontercer, e não é nada depreciativo assumir isso, devemos buscar mais informações e, fazer com que de alguma forma, essa leitura acrescente algo de positivo em nossa vida.

Leia, vá ao cinema, museus, shows, teatros, ouça músicas, mas reflita, pense!
Se não tiver argumentos bem fundamentados, cale-se e vá aprender mais.


"NÃO TENHO UM NOVO CAMINHO. O QUE TENHO É UM NOVO JEITO DE CAMINHAR." (Thiago de Melo)


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

UM ANJO PARA UMA JOVEM MORENA (João Carlos Hey)


Vinha eu pela via que margeia o Cemitério Municipal do lado direito. Ela, em sentido contrário, à minha esquerda, junto ao muro alto. Sábado, noite quente de verão. Morena coxuda, de shorts. Violãozinho. Muito tarde para andar sozinha.

Na calçada oposta, quatro ou cinco rapazes. Percebi que mexiam com a moça, prontos para atravessar a rua. Nem sei o que poderia acontecer naquele momento deserto.

Metros adiante, rapidamente fiz a volta com o fusca e retornei no rumo do centro da cidade. Ao emparelhar com a jovem, parei e abri a porta. Ela entrou depressa, a tempo de deixar o grupo sem reação, do outro lado.

Arranquei e perguntei aonde está indo? Respondeu: à gafieira do Operário. Toquei para lá. Estacionei defronte a portaria, ela perguntou não vai entrar?

Aproveite a noite, princesa. E tome cuidado, volte acompanhada ou de táxi. Ela falou obrigada meu anjo, beijou-me a face direita e desceu sã e salva.

Após deixar a morena, retomei o caminho da casa de Eulália. Ela esperava por mim. Presa no cabelo, liberta do jardim, uma púrpura dália.


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