VOCÊ GOSTA DE LER?

Leitura é muito mais do que decodificar palavras. É ir muito além! É voar sem destino pelas páginas de um livro.
Devemos observar várias formas de arte, expressas em textos escritos ou não (verbal ou não verbal) e, delas tirar lições, reflexões, ou mesmo divesão. O que não podemos é sairmos indiferentes, pensando: não entendi nada! Ou fingindo ter entendido tudo, sem no entanto, ter compreendido o que o emissor realmente disse.
Muitas mensagens, realmente são de entendimento dúbio, ou seja, dá margens a mais de uma interpretação.
O que não se deve, é não entender nada! Se por acaso isso acontercer, e não é nada depreciativo assumir isso, devemos buscar mais informações e, fazer com que de alguma forma, essa leitura acrescente algo de positivo em nossa vida.

Leia, vá ao cinema, museus, shows, teatros, ouça músicas, mas reflita, pense!
Se não tiver argumentos bem fundamentados, cale-se e vá aprender mais.


"NÃO TENHO UM NOVO CAMINHO. O QUE TENHO É UM NOVO JEITO DE CAMINHAR." (Thiago de Melo)


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

MULTIDÃO (Luis Carlos Maldonado)

No meio da multidão algo me chama a atenção: vozes, gestos, falas e tantas outras manifestações da expressão humana. Então, paro, olho e vejo que muitos detalhes podem passar despercebidos, em meio à multidão. Na verdade, a multidão assume o papel do coletivo e, por muitas vezes, o posicionamento individual torna-se inexpressivo e sem muita autenticidade diante da quantificação de pessoas. Nas avenidas, nas praças, nas ruas, nas assembléias e em todos os lugares, mensagens imperceptíveis, dificilmente captadas pelos sentidos humanos, são lançadas na dimensão tempo/espaço e ecoam no labirinto da condição humana. No momento em que, "me torno mais um na multidão", deixo de ter identidade, edoneidade e tantos outros atributos de natureza ética do ser humano e, então, me permito a "ser aquilo que não deveria ser", ou seja, fascinado pela ideologia totalitária me sinto parte de uma idéia e a incorporo como se fosse o "ar" que preciso respirar. Neste momento, não sou eu que vivo, mas, é a multidão que vive em mim e, desta forma, a individualidade torna-se um mero detalhe, imperceptível a "olho nu" e, neste sentido, ela é difícil de ser captada, compreendida e caracterizada como um dos grandes atributos da existência humana. Sendo assim, na história, em nossa memória, sempre vem à tona situações em que a massificação do individuos, ideologicamente, transformados em "multidão", trouxeram malefícios para a civilização humana, só para ilustrar, os Regimes Nazistas e Fascistas no século XX na Europa e, mais precisamente, as Ditaduras nos países da América Latina, neste mesmo século. Enfim, a luta por uma sociedade mais justa e igualitária, de respeito pela individualidade, nasce de uma "coletividade reflexiva" como contraponto à "multidão massificada" e, neste sentido, esta tem que aprender a dialogar com todos os tipos de manifestações existentes na sociedade. 

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