Na calmaria
do Pacífico
Colhia versos
espalhados pela areiaRecolhia-os um-a-um,
Montava-os como um colar de rara beleza,
Pode ter pedido alguns
Roubados por alguma sereia,
Ou usados nas cantilenas das ondas.
Retratavam diálogos entre a água e a areia,
Seu encanto pelo seu oceano,
Amores perdidos e encontrados.
A costa estava sempre em festa,
Pois a brisa espalhava as pétalas
Das flores de Neruda
Emprestava-lhe o oceano suas pérolas.
Ah! Oceno de Neruda
Não afogue a beleza de seus versos,
Deixe-os encantar-nos
Nos dias de solidão,
Como encanta o homem o canto da sereia.
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