VOCÊ GOSTA DE LER?

Leitura é muito mais do que decodificar palavras. É ir muito além! É voar sem destino pelas páginas de um livro.
Devemos observar várias formas de arte, expressas em textos escritos ou não (verbal ou não verbal) e, delas tirar lições, reflexões, ou mesmo divesão. O que não podemos é sairmos indiferentes, pensando: não entendi nada! Ou fingindo ter entendido tudo, sem no entanto, ter compreendido o que o emissor realmente disse.
Muitas mensagens, realmente são de entendimento dúbio, ou seja, dá margens a mais de uma interpretação.
O que não se deve, é não entender nada! Se por acaso isso acontercer, e não é nada depreciativo assumir isso, devemos buscar mais informações e, fazer com que de alguma forma, essa leitura acrescente algo de positivo em nossa vida.

Leia, vá ao cinema, museus, shows, teatros, ouça músicas, mas reflita, pense!
Se não tiver argumentos bem fundamentados, cale-se e vá aprender mais.


"NÃO TENHO UM NOVO CAMINHO. O QUE TENHO É UM NOVO JEITO DE CAMINHAR." (Thiago de Melo)


quinta-feira, 5 de abril de 2012

SOBRAS DO SILÊNCIO (Clovis C. Rocha)




Li nos teus olhos tanto desejo
Os meus, calados, corresponderam,
À sede, à fome, de amor.
Os lábios trêmulos, lacrados,
Tímidos ou amedrontados não ousavam.
Quem sabe amanhã?
O amanhã poderá ser tarde! E foi!
Quase sempre é!
O tempo se foi.
A juventude se foi.
Você se foi!
Nada levou,
Nem o desejo,
A lembrança,
O sabor dos meus lábios intocados,
As minhas poesias.
As palavras mais sinceras que escrevi!
Deixou muito,
Muito mais do que posso suportar:
O cheiro,
O toque roubado em qualquer esbarrão casual.
A lembrança dos seus lábios calados,
Mas desejosos,
As poesias que não descartei
E, ainda são tuas,
Para sempre serão,
Mesmo depois da minha partida,
Assim como sou teu
E eternamente serei.
Jamais lerá este poema
Que também é teu.
Não importa,
A mim pertencem apenas
O silêncio e essa maldita saudade.
Sou egoísta, esses não divido com ninguém,
Como não levou nada,
Não repartirei o que me restou.
Quanto aos meus lábios?
Continuarão para sempre selados esperando pelos seus.
Meus olhos, agora tristes,
Também são sobras do que você abandonou
Para contemplar, sem esperanças,
Um horizonte que a cada que dia que passa
Mais se aproxima do fim. 

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