VOCÊ GOSTA DE LER?

Leitura é muito mais do que decodificar palavras. É ir muito além! É voar sem destino pelas páginas de um livro.
Devemos observar várias formas de arte, expressas em textos escritos ou não (verbal ou não verbal) e, delas tirar lições, reflexões, ou mesmo divesão. O que não podemos é sairmos indiferentes, pensando: não entendi nada! Ou fingindo ter entendido tudo, sem no entanto, ter compreendido o que o emissor realmente disse.
Muitas mensagens, realmente são de entendimento dúbio, ou seja, dá margens a mais de uma interpretação.
O que não se deve, é não entender nada! Se por acaso isso acontercer, e não é nada depreciativo assumir isso, devemos buscar mais informações e, fazer com que de alguma forma, essa leitura acrescente algo de positivo em nossa vida.

Leia, vá ao cinema, museus, shows, teatros, ouça músicas, mas reflita, pense!
Se não tiver argumentos bem fundamentados, cale-se e vá aprender mais.


"NÃO TENHO UM NOVO CAMINHO. O QUE TENHO É UM NOVO JEITO DE CAMINHAR." (Thiago de Melo)


sábado, 18 de junho de 2011

CORDEL DE DENDEL

Vou contar uma história
De um sujeito muito esperto
Mesmo que fosse difícil
Pra ele tudo dava certo

Falo do tal Zé Dendel
Um sujeito arrojado
Era rodeado de amigos
Pois era muito... engraçado

Certo dia em um velório
Contou um caso gozado
De um grande fazendeiro
Muito rico mas ... safado

Ele era exagerado
Com dentadura de ouro
Tinha um olho de cristal
Mas o que ninguém sabia
Tamanho do seu ... capital

Diziam que era bem grande
Grandeza de se assustar
Coisa pra mais de um metro
Difícil de calcular
Só quem sabia do tamanho
Era seu amigo Filete
Que todas as noites ele ia
Conferir o...balancete

No banco ele não guardava
Tinha medo de perder
Onde que ele guardava
Todos queriam saber

Certo dia Zé Dendel
Resolveu investigar
Pegou a sua luneta
Começou a espiar

Com a janela bem aberta
Mostrava todo o fato
E enxergou sobre uma mesa
Uma galinha e um gato

Chegou-se bem mais pra perto
Pra saber o que ocorria
No chiqueiro viu de perto
Um calango e três cotias

Boi no pasto viu nenhum
Nem cabrito ou carneiro
Não entendia de onde
Ele tirava dinheiro

Esperou até a noite
Aguardou o tal Filete
Que logo foi adentrando
Passo a passo o palacete

Foi entrando pra cozinha
Acendeu fogão à lenha
A barriga era tão grande
Parecia fêmea prenha

Que balancete que nada
Nem dinheiro enterrado
Do quintal ele tirava
Comida pro ensopado

A fazenda era tão grande
Que um boi encolhidinho
Deitasse atravessado
O corpo ficava na dele
E o rabo no vizinho

A fazenda não passava
Duzentos metros quadrados
Pobre, não tinha dinheiro
Pra comprar o fio farpado
Emendava na divisa
Com o primo endinheirado

Pra falar toda a verdade
E pra acabar com a fofoca
A comida do coitado
É ensopado de minhoca
Quem cozinhava era o Filete
Que por pena do coitado
Escondia na barriga
O pão da venda roubado
A fazenda e seus bens
Foi herança da sua tia
Contado tudo direito
São dois gatos, um calango
Um chiqueiro três cotias.
  Clovis C. Rocha

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