VOCÊ GOSTA DE LER?

Leitura é muito mais do que decodificar palavras. É ir muito além! É voar sem destino pelas páginas de um livro.
Devemos observar várias formas de arte, expressas em textos escritos ou não (verbal ou não verbal) e, delas tirar lições, reflexões, ou mesmo divesão. O que não podemos é sairmos indiferentes, pensando: não entendi nada! Ou fingindo ter entendido tudo, sem no entanto, ter compreendido o que o emissor realmente disse.
Muitas mensagens, realmente são de entendimento dúbio, ou seja, dá margens a mais de uma interpretação.
O que não se deve, é não entender nada! Se por acaso isso acontercer, e não é nada depreciativo assumir isso, devemos buscar mais informações e, fazer com que de alguma forma, essa leitura acrescente algo de positivo em nossa vida.

Leia, vá ao cinema, museus, shows, teatros, ouça músicas, mas reflita, pense!
Se não tiver argumentos bem fundamentados, cale-se e vá aprender mais.


"NÃO TENHO UM NOVO CAMINHO. O QUE TENHO É UM NOVO JEITO DE CAMINHAR." (Thiago de Melo)


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

REESCRITA DO TEXTO - A moça tecelã


Este texto a seguir, é um dos que foram criados por alunos do primeiro ano do Ensino Médio, baseando-se no texto de Clarice Lispector, A moça tecelã.
            Como você vai perceber, o texto foi reescrito com mudança de foco, narrado pela ótica do personagem que fora tecido pela artesã.  

Observação - Originalmente esse texto é narrado por um narrador observador, portanto, em terceira pessoa, aqui ele aparece com o próprio personagem contando sua história, ele é um narrador personagem, o que caracteriza uma narrativa em primeira pessoa.

AMOR POR UM FIO

Quando o último fio foi tecido, vi que seus olhos brilhavam e admiram-me. Percebe que as cores que me deu eram perfeitas para a pessoa que lhe faria companhia por toda vida.
Naquela mesma noite, ao nos deitar, lhe falei na possibilidade  de termos alguns filhos. Conversamos sobre isso por horas, até que adormecermos, um aquecido pelo outro.
Ao me levantar, senti que estava sozinho, andei até a sala e me surpreendi ao vê-la tecer o dia com linhas cor de ouro. Fiquei com aquilo na cabeça: “Se pode tecer o dia e a noite, porque não tecer uma casa nova”?
Dirigi-me a ela e propus o que estava em mente, aceitou sem questionar, fiz questão de escolher cada linha e supervisionar cada ponto.
A casa estava pronta, mas não era lá essas coisas. Para mim, aquilo não bastou, então pensei em um belo palácio, afinal, quem tece uma casa tece também um palácio!
Novamente lhe propus meu ponto de vista, não concordou no começo, mas por fim, aceitou.
A construção do palácio lhe tomou todo o tempo e, quando chegava a noite, não dava tempo de arrematar o dia.
Eu tive a impressão de que ela estava infeliz, mas nem dei importância. Enfim o palácio estava proto, eu tratei de colocá-la com seu tear na torre para que ninguém soubesse ou descobrisse seu maravilhoso dom.
Mas certa noite lhe disse que era necessário fazer ainda cavalos e estrebarias, vi que sua expressão era de cansaço ou coisa parecida, mas novamente não dei importância. Ao amanhecer, acordei assustado e olhei ao meu redor, percebi que todos os luxos e mordomias haviam sido desfeitos. Ainda sonolento, vi aquela linda mulher segurando os fios que me deram origem e colocando-os de volta no tear para me desfazer.
Durante o tempo em que ela me desfazia, não olhou nos meus olhos. Na verdade, ela não queria fazer o que fez, sua vontade era ter quem a amasse e lhe desse carinho, foi isso que não fiz.
No fim das contas, tinha razão, pela minha ganância e egoísmo perdia pesoa que mais amei na minha vida.

Alunas – Camila
            -   Maira

Prof. Clóvis C. Rocha

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